O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, se manifestou nesta quarta-feira (27) sobre a proposta do governo federal de estabelecer uma nova agência para o combate a facções criminosas. Durante a posse do novo superintendente da corporação no Amapá, Rodrigues afirmou que essa função já é desempenhada pela própria PF.
“Enquanto alguns, por interesses desconhecidos, querem criar uma nova agência para combater o crime organizado, a minha resposta é muito direta: essa agência já existe, ela é a Polícia Federal”, declarou o diretor.
A proposta de criação da nova agência surgiu no âmbito do chamado ‘Plano Real da Segurança’, um projeto de lei que visa implementar uma série de mudanças para enfrentar grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
O governo Lula (PT) recuou em sua proposta após a pressão interna da PF, que se manifestou contra a criação da nova entidade antes mesmo de sua formalização. Rodrigues enfatizou que a PF já coordena ações em todo o Brasil, em colaboração com parceiros em todas as 27 unidades da federação, para coibir a atuação de grupos criminosos.
O ‘Plano Real da Segurança’ inclui 12 pontos de mudanças, como a criação de um banco nacional para mapear grupos criminosos e seus integrantes, além de um aumento nas penas para atividades relacionadas a facções, como promover ou financiar tais grupos. O governo considera a segurança uma prioridade nas pautas do Congresso Nacional, com a PEC da Segurança já aprovada na Câmara dos Deputados.