Circula nas redes sociais a informação de que o iPhone custará R$ 2.317 na Argentina após o presidente Javier Milei reduzir impostos sobre equipamentos eletroeletrônicos. No entanto, essa informação foi classificada como #FAKE. A publicação, que se espalhou no último dia 5 de julho no X, já alcançou mais de 961,4 mil visualizações e traz um desenho de Milei segurando um celular, com uma mensagem que afirma a redução do preço do iPhone.
Consultas em revendedoras e declarações do presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira indicam que não é possível encontrar celulares da linha iPhone, sejam novos ou usados, por menos de R$ 2.400 na Argentina. Em maio de 2025, o governo de Milei emitiu um decreto para zerar o imposto de importação de eletroeletrônicos, que inclui celulares, em duas fases. A primeira fase já está em vigor, reduzindo o imposto de importação de 16% para 8%, enquanto a segunda fase, que zerará a alíquota, começará em 15 de janeiro de 2026.
Com a nova alíquota de 8%, uma pesquisa realizada pelo Fato ou Fake em revendedoras oficiais da Apple na Argentina revelou que o iPhone 16 Pro, o modelo mais recente, custa entre R$ 8.700 e R$ 11.000. Esses valores não incluem a incidência de impostos internos, que totalizam 9,5%, podendo resultar em preços ainda mais altos para o consumidor argentino.
Frederico Servideo, presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira, confirmou que os preços do iPhone na Argentina variam entre AR$ 2 milhões e AR$ 3 milhões (aproximadamente US$ 1.500 a US$ 2.300), não permitindo que o preço caia para R$ 2.300 ou R$ 2.400. Mesmo modelos mais antigos do iPhone não estão disponíveis por menos de R$ 5.000.
No dia do anúncio do decreto, o porta-voz presidencial afirmou que as medidas de desoneração visam reduzir em 30% os preços de celulares e eletroeletrônicos, já que antes os preços na Argentina eram significativamente mais altos do que no Brasil e nos Estados Unidos.
