Uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) realizada em 23 de abril de 2025, resultou na apreensão de bens de alto valor, incluindo uma Ferrari, relógios de luxo, joias e dinheiro em espécie. A operação ocorreu em diversos estados, como São Paulo, Paraná e Ceará, e visou desvios de recursos de aposentados e pensionistas do INSS.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 13 estados e no Distrito Federal, envolvendo 11 entidades suspeitas de realizar descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas ao longo de vários anos. As investigações indicam que os desvios podem alcançar até R$ 6,3 bilhões.
Durante a operação, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado e posteriormente demitido, juntamente com cinco outros servidores públicos que também foram alvo de medidas judiciais. Até o momento, seis pessoas foram presas, e as investigações continuam em andamento.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, destacou a gravidade da situação, mencionando que, em um único alvo, foram apreendidos carros de luxo avaliados em mais de R$ 15 milhões. Ele afirmou que a operação permitiu a identificação de operadores financeiros envolvidos nas fraudes.
Os esquemas fraudulentos consistiam em associações que ofereciam serviços como descontos em academias e planos de saúde, mas que não tinham a estrutura necessária para tal. Muitas vezes, as associações cobravam mensalidades sem a autorização dos beneficiários, falsificando assinaturas para realizar os descontos.
Os beneficiários que desejam verificar se foram vítimas de descontos indevidos devem consultar o extrato do INSS, onde constam todas as retiradas. Caso identifiquem cobranças não reconhecidas, podem solicitar a exclusão das mensalidades associativas por meio do aplicativo Meu INSS.