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SUVs vão matar os hatches? Presidente da Stellantis diz que não: ‘Não é uma tendência radical’

Em entrevista exclusiva ao g1, Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul, abordou a crescente demanda por SUVs no mercado brasileiro, afirmando que a lucratividade da fabricante não depende do formato do veículo. Embora os SUVs tenham conquistado 53% dos emplacamentos em 2024, em comparação a 29,45% dos hatches, Cappellano destaca que a lucratividade está mais ligada à escala de produção e às tecnologias incorporadas do que ao tipo de carroceria.

O executivo enfatizou que não se deve considerar a alta demanda por SUVs como uma tendência radical, afirmando: ‘Não existe hoje uma diferença de lucratividade relacionada à forma, o tamanho do carro’. Ele acredita que há espaço para todos os tipos de veículos no mercado, incluindo hatches e picapes.

Cappellano também discutiu a dificuldade crescente para os brasileiros adquirirem um carro próprio, citando o aumento de 145% no preço do Fiat Mobi desde 2016, enquanto o salário mínimo teve um crescimento de apenas 72% no mesmo período. Ele atribui o aumento dos preços não apenas à inflação, mas também ao aumento dos custos de produção e à incorporação de novas tecnologias.

O presidente da Stellantis ressaltou a importância de um esforço conjunto entre a indústria e o governo para tornar o carro popular mais acessível, afirmando que a tecnologia necessária para atender às regulamentações atuais impõe custos adicionais. Ele destacou que a Stellantis investirá R$ 30 bilhões no Brasil entre 2025 e 2030, visando lançar 40 novos modelos, mas não espera que os modelos mais básicos se tornem mais acessíveis.

Além disso, Cappellano mencionou que o Brasil oferece previsibilidade ao setor automotivo, o que motivou a empresa a direcionar a maior parte de seus investimentos na América do Sul para o país. Ele citou o programa Mover do governo federal como um fator que contribui para essa previsibilidade, oferecendo créditos financeiros significativos para impulsionar a pesquisa e desenvolvimento no setor.

Por fim, o executivo comentou sobre o desempenho das marcas Citroën e Peugeot, que não figuram entre as 10 mais vendidas no Brasil. Ele atribui isso à falta de novos lançamentos e à necessidade de melhorar a visibilidade das marcas no mercado.

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